terça-feira, 28 de junho de 2011

Guernica

"Era uma 2ª feira, dia de feira-livre na pequena cidade da Biscaia. Das redondezas chegavam as suas estreitas ruas os camponeses do vale de Guernica, no país dos bascos, trazendo seus produtos para o grande encontro semanal. A praça ainda estava bem movimentada quando, antes das cinco da tarde, os sinos começaram os seus badalos. Tratava-se de mais uma incursão aérea. Até aquele dia fatídico - 26 de abril de 1937 - Guernica só havia visto os aviões nazistas da Legião Condor passarem sobre ela em direção a alvos mais importantes, situados mais além, em Bilbao. Mas aquela 2ª feira foi diferente. A primeira leva de Heinkels-11 despejou sua bombas sobre a cidadezinha precisamente às 16:45 horas. Durante as 2 horas e 45 minutos seguintes os moradores viram o inferno desabar sobre eles."

Durante a Guerra Civil Espanho­la, os alemães, que apoiavam Francisco Franco contra os republicanos, bombardeiam a cidade de Guernica, na região do País Basco. Mais de duas horas depois do início do ataque, dos cerca de 7 mil habitantes da cidade, mais de 1600 estavam mortos e outros 889 ficaram feridos. O fato inspirou Pablo Picasso a pintar os horrores da guerra na obra Guernica.

Apresentação da obra na Exposição Internacional de Paris (fora encomendada ao artista pelo Governo da República Espanhola) Depois da vitória de Franco, em 1939, Picasso decidiu que a obra só seria entregue ao Estado espanhol depois da restauração da democracia. Foi o que veio a acontecer em 1981.

“Não, a pintura não foi inventada para decorar casas. É um instrumento de guerra para atacarmos e para nos defendermos do inimigo”.
(Pablo Picasso)

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